A Justiça Federal dos EUA suspendeu temporariamente uma ordem de Donald Trump que negava a cidadania automaticamente a filhos de imigrantes ilegais e turistas nascidos nos Estados Unidos. A decisão, publicada na quinta-feira (23), veio após ações judiciais de grupos civis e procuradores-gerais de 22 estados, que argumentaram que a medida violava a 14ª Emenda da Constituição, que garante a cidadania a qualquer pessoa nascida no país.
A ordem, assinada por Trump logo após sua posse, determinou que crianças nascidas após 19 de fevereiro de pais não cidadãos ou residentes permanentes legais poderiam ser deportadas e perderiam direitos a benefícios sociais e trabalho legal. Brasileiros seriam afetados pela medida.
O juiz John Coughenour, de Seattle, suspendeu a ordem, classificando-a como “flagrantemente inconstitucional”. Trump declarou que vai recorrer e questionar a decisão judicial. Enquanto isso, os republicanos apresentaram projetos de lei no Congresso para restringir a cidadania automática, que ainda serão debatidos.