A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou propostas para baratear planos de saúde, mas as mudanças têm gerado apreensão no mercado. Entre as medidas sugeridas, estão limites para coparticipação e ajustes nos critérios de reajustes para planos individuais e coletivos, o que pode impactar os preços e a oferta.
O setor enfrenta desafios estruturais, com custos crescentes e sinistralidade acima de 100% em muitos casos. A ampliação do “pool de risco” para planos com até mil vidas é uma das propostas mais polêmicas, já que pode elevar os custos dos contratos maiores.
Operadoras como a Hapvida afirmam que as mudanças podem inflar preços e prejudicar a sustentabilidade econômica. O mercado também critica a falta de clareza sobre reajustes extraordinários e teme que a imposição de uma sinistralidade mínima de 75% reduza a flexibilidade das operadoras mais eficientes.
As sugestões da ANS passarão por consulta pública entre dezembro e fevereiro, com previsão de implementação em 2026. Contudo, a troca de comando na agência aumenta a incerteza sobre os rumos das políticas regulatórias.
Fonte: Exame
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