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Senador manda R$ 3 milhões em emenda a estrada que leva ao seu hotel

São Paulo — Uma emenda Pix milionária do senador Alexandre Giordano (MDB-SP) foi destinada a melhorias em uma estrada onde fica um hotel fazenda dele, na cidade de Morungaba, que fica a 100 quilômetros da capital paulista.

A indicação de 2024 prevê projeto e execução de paisagismo, ao custo de R$ 3 milhões, na estrada municipal Benedito Olegário Chiavatto, segundo o portal Transferegov. A via é a mesma onde fica o Hotel Fazenda São Silvano, de propriedade do senador, com diárias de R$ 1,1 mil a R$ 2,2 mil.

Giordano afirma que suas emendas são feitas após solicitação da prefeitura e que se trata de uma via pública que “beneficia a coletividade”. A administração municipal abriu crédito para aplicação da emenda no dia 27 de dezembro, na gestão do aliado de Giordano e então prefeito Marquinho de Oliveira (PSD), segundo o Diário Oficial.

cota de combustivel

São Paulo — O senador Alexandre Giordano (MDB-SP) gastou boa parte de sua cota parlamentar em combustível em Morungaba, município que fica a cerca de 100 quilômetros da capital paulista. Um dos dois postos de gasolina da principal rua da cidade, o Auto Posto Dois Irmãos, foi o destino de R$ 212 mil da verba usada pelo mandato de Giordano.

Em 2024, o Metrópoles mostrou que, em 12 meses, ele havia gasto R$ 145,4 mil da cota parlamentar para abastecer quase 25 mil litros de combustível em postos de gasolina de São Paulo, volume suficiente para dar cinco voltas na Terra ou cruzar o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, 45 vezes.

Giordano era suplente do senador Major Olímpio (do extinto PSL), que morreu em 2021. Desde que ele assumiu, os gastos no posto vêm aumentando. No primeiro ano de mandato, foram R$ 5 mil. No ano seguinte, o valor subiu para cerca de R$ 40 mil e, no ano passado, o parlamentar gastou R$ 94 mil no posto de combustível.

O parlamentar afirmou à reportagem que “os gastos com gasolina são realizados nos postos indicados por questões logísticas e seguem as normativas do Senado Federal, sendo estritamente relacionados ao desempenho das atividades parlamentares

Farra gastronômica  com dinheiro público

Casquinhas de camarão (R$ 210) e filé de Cambucu (R$ 274) servidos na mesa com vista para o mar de Ubatuba, no litoral norte paulista. Rodízio com 18 cortes de carne (R$ 210) em uma badalada churrascaria da capital paulista. Massas com molhos variados (R$ 240) e tiramisù (R$ 27) de sobremesa no almoço de domingo em uma tradicional cantina italiana de São Paulo.

Toda essa farra gastronômica foi desfrutada neste ano pelo senador Alexandre Giordano (MDB-SP) e paga pelo contribuinte. Ao todo, o emedebista, que assumiu seu mandato no Senado em março de 2021, com a morte do senador Major Olímpio, já pediu reembolso de R$ 25,2 mil da cota parlamentar para gastos com refeições em restaurantes, entre janeiro e maio.

As despesas bancadas pelo Senado começaram já no primeiro dia do ano, com um almoço e um jantar no Vasto, tradicional restaurante na Asa Sul, em Brasília, ao custo total de R$ 533. Ainda em janeiro, durante o recesso parlamentar, Giordano viajou para Ubatuba, no litoral paulista, onde não poupou dinheiro da verba de gabinete para provar a casquinha de camarão no bem-avaliado Terra Papagalli, na Barra da Lagoa, em uma tarde de quarta-feira (4/1), e pedir sete pizzas no jantar do dia seguinte.

As notas fiscais apresentadas por Giordano ao Senado mostram quais são os restaurantes preferidos do senador. Entre eles estão, além do Vasto em Brasília, as churrascarias Fogo de Chão, Rodeio e a Costellone Villares, que fica na zona norte paulistana, reduto eleitoral de Giordano, a tradicional cantina Lellis Tratoria, que fica nos Jardins, e o rústico Esch Café, na Alameda Lorena, na mesma região central da cidade.

A maior despesa com refeição reembolsada pelo Senado foi no valor de R$ 1.024, em um jantar de sexta-feira, no dia 5 de maio, em uma unidade da cantina Famiglia Mancini, que oferece música ao vivo na Rua Avanhandava, no centro de São Paulo. Na ocasião, o contribuinte pagou para Giordano cinco couverts (R$ 145), um spaghetti à carbonara (R$ 130), três filés à parmegiana (R$ 444), um medalhão ao funghi com fettuccine ao molho quatro queijos (R$ 145), entre outros itens e bebidas — nenhuma alcoólica.

Assim como os outros 80 senadores, Giordano teve aumento de salário neste ano, após aprovação realizada pelo Congresso no apagar das luzes de 2022. O emedebista recebe subsídio mensal bruto de R$ 41,6 mil — R$ 30,5 mil líquidos —, além de uma verba mensal indenizatória de R$ 30,2 mil para custear despesas com alimentação, combustível, aluguel de escritório político, material de consumo, divulgação da atividade parlamentar e passagens aéreas

 

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