O agronegócio brasileiro, um dos setores mais relevantes para a economia do país, deve experimentar um crescimento significativo em 2025. Com a abertura de 300 novos mercados internacionais e um aumento nas exportações de produtos diversificados, o setor projeta um ano promissor.
Expansão do mercado internacional
No final de dezembro de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou a abertura de 300 novos mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros. Além das tradicionais exportações de grãos e carnes, itens como gergelim, uvas frescas, erva-mate, embriões, açaí em pó e sementes passam a integrar a lista de produtos destinados ao mercado externo. Subprodutos da reciclagem animal, como penas de aves, também entraram na pauta de exportação.
Essa expansão também reflete no aumento da geração de empregos e no fortalecimento da representação diplomática do setor. Nos últimos dois anos, o Brasil ampliou seu corpo de adidos agrícolas, chegando a 40 representantes em países estratégicos para as exportações.
Expectativas para 2025
Mesmo com as incertezas que marcaram o agronegócio em 2024, os resultados foram positivos. Em abril daquele ano, o Brasil já havia exportado US$ 15,24 bilhões em produtos agropecuários. Para 2025, as previsões indicam um desempenho ainda melhor, impulsionado por fatores como boas condições climáticas e maior demanda internacional. A projeção é que a safra de grãos alcance 322,53 milhões de toneladas.
A relação comercial entre Brasil e China, principal parceiro econômico do setor, também deve se fortalecer. A demanda chinesa por commodities como soja segue aquecida, garantindo um fluxo de exportação elevado.
Impacto no PIB e acordo com a União Europeia
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio deve contribuir para um aumento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2025, com a agricultura liderando esse crescimento.
Outro fator que pode impulsionar o setor é a conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia, finalizado em dezembro de 2024 após mais de duas décadas de negociações. O tratado, que envolve um mercado de 718 milhões de pessoas e um PIB conjunto de US$ 22 trilhões, abre novas oportunidades para as exportações brasileiras. A previsão é de um aumento de 6,7% nas vendas de produtos agropecuários para o bloco europeu.
Com esses avanços, o agronegócio brasileiro reforça sua posição como um dos principais motores da economia nacional, consolidando sua relevância no mercado global.