Uma investigação da Polícia Militar de São Paulo apura, há mais de um mês, a ligação de policiais com o Primeiro Comando da Capital (PCC), resultando no afastamento de oito agentes suspeitos, anunciado nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Segurança Pública. Esses policiais são investigados pela Corregedoria após o assassinato do empresário Antonio Vinicius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos, ocorrido na sexta-feira (8). Gritzbach, que teria ligações com o PCC, era supostamente escoltado pelos policiais no momento do crime.
O documento de afastamento foi assinado pelo coronel Fábio Sérgio do Amaral, chefe da Corregedoria da PM. Os celulares dos policiais presentes no local foram apreendidos para análise, e a Corregedoria da Polícia Civil também participa das investigações, acompanhando o envolvimento de policiais civis mencionados por Gritzbach em delação ao Ministério Público. Segundo o delegado-geral Artur Dian, a confirmação do afastamento definitivo depende de um procedimento disciplinar que está em curso.
Em resposta ao assassinato, o governo de São Paulo montou uma força-tarefa liderada pelo delegado Osvaldo Nico Gonçalves para investigar o caso. Gritzbach estava envolvido em conflitos internos no PCC, sendo acusado de desviar dinheiro destinado à compra de imóveis e investimentos, além de assassinatos internos. Segundo o jornalista Valmir Salaro, ele rejeitou entrar no programa de proteção a testemunhas, opção que poderia ter evitado seu trágico desfecho.
Fonte: CNN Brasil
Imagem: Reprodução de câmera de segurança