A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira, 04 de outubro, as conclusões do inquérito relacionado à queda do avião que resultou na morte de Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Caratinga, no leste do estado, em 2021. Segundo o inquérito, os pilotos foram responsabilizados por homicídio culposo triplamente qualificado.
Devido às mortes dos ocupantes da aeronave, a Polícia Civil optou pelo arquivamento do caso. O delegado Ivan Lopes, responsável pela investigação, declarou em uma coletiva de imprensa que as possibilidades de mal súbito dos pilotos, falha mecânica ou um possível atentado foram descartadas ao longo da investigação.
Ele explicou: “À medida em que as provas foram conduzidas, chegamos à conclusão de que houve negligência e imprudência por parte dos pilotos, o que resultou na queda. A aeronave, de fato, colidiu com uma torre que não estava sinalizada. A ausência de sinalização poderia prejudicar a visão dos pilotos, mas não era obrigatória.”
O delegado também mencionou que as torres de energia estavam localizadas fora da zona de proteção do aeródromo. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as torres foram identificadas como a principal causa do acidente, apesar de a aeronave seguir padrões de voo normais, indicando uma mudança de rota.
Advogado das famílias discorda
O advogado que representa as famílias do piloto e co-piloto que faleceram no acidente aéreo envolvendo a cantora Marília Mendonça expressou sua discordância em relação à conclusão do inquérito que responsabilizou a dupla.
Segundo a PCMG, o acidente foi atribuído à imprudência e negligência por parte do piloto Geraldo Martins de Medeiros e do co-piloto Tarcísio Pessoa Viana, ambos falecidos no acidente.
Alonso também responsabilizou a empresa de energia Cemig pelo acidente, alegando que a instalação de uma rede de alta tensão próxima ao aeroporto de Caratinga teve um papel no ocorrido. As famílias mantêm um processo em andamento contra a empresa de energia. De acordo com a reportagem do jornal Estado de Minas, a Cemig foi procurada para falar do assunto, mas ainda não se pronunciou.