A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a Operação Firenze para apurar graves irregularidades em contratos públicos de terceirização em Pernambuco. De acordo com a CGU, as empresas envolvidas movimentaram mais de R$ 880 milhões oriundos de entes públicos entre 2021 e 2024, dos quais mais de R$ 214 milhões têm origem em recursos federais.
As investigações, segundo a coluna do jornalista Fabio Serapião, do Metrópoles, tiveram início a partir de uma denúncia que apontava a contratação irregular de uma empresa terceirizada no município de Timbaúba (PE). Após diligências conduzidas por órgãos parceiros, as suspeitas foram confirmadas. “Diligências de órgãos parceiros na investigação confirmaram os fatos denunciados, inclusive com relação à suposta fraude ao caráter competitivo de dispensa de licitação, que contou com participação exclusiva de empresas do grupo comercial investigado”, informou a CGU em nota oficial.
Além das suspeitas sobre licitações fraudulentas, os investigadores também apuram a prática dos crimes de lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa. A operação revelou que integrantes do grupo empresarial usavam “pessoas interpostas” no comando das empresas e realizavam transações financeiras com características típicas de ocultação de recursos ilícitos.
Ainda conforme a reportagem, a execução da operação contou com o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e da quebra de sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. As ações ocorreram nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Timbaúba e também em São Paulo, com a mobilização de 95 policiais federais e seis auditores da CGU.
O foco da investigação recai especialmente sobre as contratações no município de Timbaúba, que, segundo os dados apurados, totalizaram R$ 39 milhões no período analisado. Desse montante, pelo menos R$ 10 milhões saíram diretamente dos cofres da União.
FONTE REDAÇÃO 247