Os preços dos fertilizantes mantêm trajetória de alta em 2025, pressionando as margens dos produtores rurais. Segundo levantamento do Itaú BBA, o mercado de potássicos acumula valorização de 24% no ano. O cloreto de potássio (KCl) subiu 5,2% em abril e mais 2,8% na primeira quinzena de maio, chegando a US$ 365 por tonelada.
Movimento semelhante é observado nos fosfatados. O MAP (fosfato monoamônico) avançou 6,9% em abril e mais 2,5% em maio, alcançando US$ 717,50 por tonelada. No caso dos nitrogenados, comercializados no porto, os preços dispararam 9% em abril, mas recuaram 1,9% na metade de maio, refletindo um leve ajuste de mercado.
Segundo o Itaú BBA, o avanço dos custos dos fertilizantes acontece em um cenário de estabilidade ou até queda dos preços das principais commodities agrícolas em relação ao início do ano. O resultado é um forte desequilíbrio na relação de troca — indicador que mede quantas sacas de produto agrícola são necessárias para pagar uma tonelada de fertilizante.
De acordo com o Itaú BBA, a relação de troca para o MAP, por exemplo, se aproxima dos níveis críticos observados durante a crise gerada pela invasão da Ucrânia em 2022. Mesmo os demais macronutrientes, que não registram preços tão elevados quanto o MAP ,apresentam relações acima da média histórica. Mesmo os demais macronutrientes, que não registram preços tão elevados quanto o MAP, apresentam relações acima da média histórica.
O banco explica ainda que o cenário é de demanda firme e oferta controlada, sustentando os preços elevados. No entanto, há expectativa de algum alívio no mercado, caso a China retome as exportações de nitrogenados e fosfatados, após priorizar o abastecimento do mercado interno durante o pico da demanda local. Ainda assim, o Itaú BBA não projeta uma queda significativa nos preços no curto prazo.
Fonte Agro Estadão