A cidade de Istambul, conhecida por seu papel diplomático, volta a ser cenário de negociações entre Rússia e Ucrânia, nesta quinta-feira, 15 de maio. Trata-se do primeiro encontro direto desde março de 2022, com apoio da Turquia e participação dos Estados Unidos. A reunião, segundo a agência russa TASS, é um gesto do presidente Vladimir Putin para reabrir o canal diplomático com Kiev, sem pré-condições.
Reunião Rússia-Ucrânia em Istambul reacende esperanças de paz no leste europeu
A delegação russa é liderada por Vladimir Medinsky, com apoio de altos membros do governo e especialistas técnicos. Já os EUA serão representados por Marco Rubio, Steve Witkoff e Keith Kellogg — e o ex-presidente Donald Trump declarou que poderá comparecer pessoalmente, caso ajude a promover a paz.
Putin destacou a importância da mediação turca e relembrou o acordo de 2022 como base para um possível entendimento, mas a Ucrânia condiciona o diálogo a um cessar-fogo total. O presidente Zelensky manifestou disposição para o encontro, mas manteve a exigência. A legislação ucraniana ainda proíbe oficialmente negociações com Putin, embora Zelensky afirme que a regra “não se aplica diretamente a ele”.
Enquanto o Ocidente reage com ceticismo e novas sanções, diplomatas russos sinalizam que temas como fronteiras e soluções sustentáveis estão na pauta. A comunidade internacional observa com expectativa, diante da possibilidade de um avanço concreto ou mais uma frustração no caminho para a paz no leste europeu.