O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou, nesta segunda-feira (24), a contratação de quatro novos petroleiros para a Petrobras e a Transpetro, marcando o início de um amplo plano de revitalização da indústria naval brasileira. A iniciativa prevê a construção de 44 embarcações no Brasil, com um investimento total de R$ 23 bilhões e a geração de cerca de 44 mil empregos.
A cerimônia ocorreu em Rio Grande (RS), um dos principais polos navais do país. Durante o evento, Lula destacou a importância estratégica do setor para a economia e a soberania nacional. “Quero recuperar a indústria naval porque um país com uma forte indústria naval se torna competitivo no comércio internacional”, afirmou.
Os primeiros quatro navios encomendados são do tipo Handy, utilizados no transporte de petróleo e derivados. Avaliados em US$ 69,5 milhões cada, serão construídos por um consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren. Além de modernizar a frota da Petrobras, essas embarcações terão maior eficiência energética, reduzindo em 30% a emissão de carbono.
O vice-presidente Geraldo Alckmin ressaltou o impacto positivo da reativação do setor, destacando inovação e geração de empregos. Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a medida faz parte de um esforço mais amplo para reativar refinarias e outros setores estratégicos.
O contrato firmado faz parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota da Petrobras, que prevê ainda a licitação de oito navios gaseiros e a contratação de pelo menos mais 13 embarcações até 2026, ampliando em até 25% a capacidade logística da Transpetro.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, enfatizou que a ampliação da frota própria reduz custos e fortalece a autonomia da estatal no transporte de petróleo e derivados. “São investimentos robustos que incentivam a indústria naval brasileira”, declarou.
A retomada da indústria naval foi viabilizada pela Lei nº 15.075/2024 e pelo Decreto nº 12.242/2024, que oferece incentivos fiscais para a produção de embarques no país. A medida visa fortalecer o setor e consolidar o Brasil como referência na construção naval.