A Meta, empresa de tecnologia liderada por Mark Zuckerberg, demitiu cerca de 4 mil funcionários nesta segunda-feira (10). A decisão segue a estratégia da companhia de redirecionar seus investimentos para o desenvolvimento de inteligência artificial (IA), conforme anunciado pelo próprio CEO.
Segundo um memorando obtido pela agência Reuters, os cortes foram justificados por critérios de performance e executados globalmente via e-mail. Os desligados perderam acesso aos sistemas da empresa em até uma hora após o aviso. Funcionários da União Europeia, no entanto, não foram afetados de imediato devido às legislações trabalhistas locais.
A medida ocorre pouco depois do anúncio do encerramento das equipes de checagem de conteúdo no Facebook, decisão que pode resultar no aumento da disseminação de desinformação e discurso de ódio na plataforma. Zuckerberg defendeu a mudança como parte de um movimento em prol da liberdade de expressão.
Em uma reunião interna na semana passada, cujas informações vazaram para a imprensa, o executivo destacou que 2025 será um “ano intenso” para a companhia. Após a divulgação do conteúdo da reunião, a Meta declarou que os responsáveis pelo vazamento seriam demitidos.
A Meta também confirmou planos de contratação de profissionais especializados em aprendizado de máquinas e desenvolvimento de produtos voltados para IA. Zuckerberg afirmou que a empresa tem agora como prioridade o avanço de tecnologias inovadoras, incluindo inteligência artificial, óculos inteligentes e a evolução das redes sociais.
O escritório da Meta no Brasil ainda não se pronunciou sobre possíveis impactos locais dos cortes.